quarta-feira, 23 de julho de 2008 0 comentários

Pensem e respondam a vocês mesmos


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História de um menino de rua parte 1

Me chamam de Vitor, moro nas ruas da grande São Paulo, Vitor por causa da minha história, fui abandonado em uma lata de lixo no centro de Guarulhos, uma mulher me viu chorando e me levou para o Juizado, lá colocaram esse nome em mim, Vitor, de vitorioso, vitorioso hum, acho que não foi boa coisa aquela mulher ter me tirado daquela lata de lixo, acho que era melhor ter sucumbido ali mesmo, da lata de lixo pra o juizado, do juizado pra o orfanato e do orfanato pra rua, não tive tanta sorte no orfanato, fui ficando velho e ninguém me querendo aí tomei a minha primeira decisão na vida, fugir do orfanato.
Fugir do orfanato foi fácil, também eles nem ligavam para quem entrava e saia dali, achavam era bom quando um moleque fugia era menos uma preocupação, logo quando cheguei à rua me senti livre, uma nova pessoa, mas depois que passei a primeira noite na rua vi que estava errado, vi que a malandragem que aprendi no orfanato não era nada comparada a malandragem das outras pessoas que viviam na rua e vi que tinha que aprender a viver como eles e logo, nunca tive estudo, mas aprendia as coisas com facilidade. Primeiramente tinha que arrumar comida e tinha duas opções, ou roubar, ou tentar arrumar um emprego, mas como iria trabalhar? Só tinha 13 anos, uma opção era trabalhar no sinal, mas aí as outras crianças achariam ruim e isso não seria um bom começo pra mim, então resolvi seguir a primeira opção. Logo ali na praça do centro tinha um carrinho de cachorro-quente e o senhor que vendia era muito velho e leso, seria fácil, fiquei rodeando o carrinho esperando para dar o bote, seria meu primeiro roubo na grande cidade, para comer, mas era roubo, então quando o senhor deu uma saidinha pra ir ao banheiro num barzinho em frente, eu vi que era a minha oportunidade, então segui a primeira regra das ruas, *não perca nenhuma oportunidade de se alimentar, primeiro a comida, depois a dormida, aí dei um bote no cachorro-quente q estava em cima do carrinho e saí em disparada pelo centro, corri tanto que quando parei só tinha um pedaço de pão na mão, mas que deu pra tapear a fome.


*Obs: Continua.
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.?!.?!

Como a vida é cheia de surpresa, você numa hora está de bem com tudo e com todos e de repente parece que o mundo deu as costas pra você, quando na realidade foi você quem deu as costas para o mundo.
terça-feira, 22 de julho de 2008 2 comentários

Ser ou não ser, eis a questão...

Lembro-me que quando criança tinha o sonho de ser médico, ia aos consultórios e via os doutores vestidos naqueles jalecos, achava aquilo tudo o máximo, até para ir pra escola eu ia parecendo um médico, ou “doutorzinho” como dizia minha mãe, mas logo vi que aquilo tudo era bobagem minha, que era uma ilusão de criança, na verdade eu vi que não tinha a mínima condição de eu virar um médico, pois não gostava de cortes, sangue, doenças e tal.
Na adolescência vi realmente o que eu queria, tive o maior encontro da minha vida, que foi com os livros, o cinema, a poesia, e vi que aquele era o meu mundo, muito estranho para um menino do interior que vivera num mundo onde as pessoas pensam diferente e muito diferente. Já antes tinha escrito um livro, para um trabalho de escola, mas não sabia que ali estava o que realmente eu queria o meu “pão com manteiga”, o tempo foi passando e eu alimentando a idéia de que o meu lugar estava entre os livros, escrever era o que eu mais gostava de fazer e ainda é, sabia que gostava de cultura e arte, mas não sabia qual o meio que eu me encaixava. Pensando muito no assunto e no meu futuro, vi que com os livros e a escrita o que eu queria estava relacionado ao cinema, pois sempre gostei do assunto.
Lembro bem de quando falei o que decidi fazer sobre minha carreira profissional a meus pais, não sei ao certo a palavra pra expressar como eles ficaram, espanto, surpresa, raiva, mas sei muito bem como eu me senti depois que falei, por um lado estava feliz pois tinha falado a eles que queria ser cineasta e já não tinha aquilo só pra mim, e por outro fiquei triste, pois não tive o apoio esperado, meu pai com certa razão, achou uma bobagem da minha parte, cinema é um curso que não tem em Alagoas e muito difícil pra uma pessoa sem tantas condições ganhar a vida nessa área, minha mãe me deu um certo apoio, mas no fundo no fundo penso que eles me acham um louco.
Então fico com essa dúvida até hoje, tentar carreira na área que estudo que é a agropecuária, ou fazer uma revolução na minha vida e seguir meu rumo para fora do estado e tentar o tão inusitado e sonhado curso de cinema? Essa resposta não tenho agora, mas com certeza daqui a alguns poucos anos, estarei escrevendo, como um zootecnista infeliz no que faz, ou como um cineasta realizado.
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Não é hora de sentar e assistir, é hora de agir

É engraçado como as pessoas ficam omissas nos assuntos mais críticos, na hora do vamos ver a maioria corre, finge que não está acontecendo nada, mas não é bem assim, a realidade é que temos um problema bem aí na porta de casa e temos que resolvê-lo, se perdemos tempo tentando procurar um culpado o problema pode aumentar e ficar sem ter como resolvê-lo deixe de lado um pouco essa questão de culpado e tentemos achar uma solução, o problema todos sabem que é a poluição do Rio Mundaú e o desmatamento ciliar do mesmo, e como a gente resolve uma poluição e um desmatamento? Acho que alguns de vocês pensaram é simples, despoluindo e reflorestando, mas não é bem assim, como a gente despoluiria um Rio se as pessoas em geral estão mais poluídas mentalmente que o próprio, como reflorestar uma área desmatada se as pessoas não se conscientizam que isso é preciso, então acho que chegamos no X da questão, conscientização, primeiro conscientizar para depois começar a trabalhar, todos sabemos que o Rio Mundaú precisa e precisa o mais rápido possível de ajuda e sabem também que a ajuda não virá de ninguém além de nós, então por que estamos parados nas nossas casas sentados no sofá vivendo uma realidade fictícia que só faz a nossa mente ficar mais poluída e alienada? Levantemos desse sofá e comecemos a pensar na nossa realidade e vamos esquecer só por algum instante essa nossa ilusão que nós chamamos de “vida bela”, que nós sabemos que não é verdade, mas juramos que temos e vamos ao trabalho, vamos à luta de uma vida melhor, não essa vida que citei antes, essa vida ilusória, mas uma vida real, uma vida em que nós olharemos para trás e falaremos: eu venci, eu lutei para que o nosso Rio não ficasse para sempre no esquecimento, na podridão que ele se encontrava, não procuraremos culpados nem julgaremos ninguém, até porque os culpados somos nós mesmos que vemos os problemas passarem como uma cena de novela e continuamos a esperar o autor fazer o próximo capítulo, vamos começar a escrever a nossa própria novela, vamos REVITALIZAR o nosso tão querido e amado RIO MUNDAÚ, porque ele clama por nós e esse é o nosso dever.
Por: Igor Euclides (estudante da Escola Agrotécnica Federal de Satuba - EAFS).
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Quero o Rio Mundaú de Volta

Estamos passando por um momento muito crítico com o Rio Mundaú, a poluição e o desmatamento que corrói o rio está cada vez pior, não sou do tempo em que o Rio Mundaú era belo e limpo como no tempo de meus pais, mas ouvi muito sobre isso, os mais velhos falando que na infância deles tomavam banho no rio, comiam as frutas que tiravam dos pés de árvores que existiam na margem, disse e repito não sou da época das águas claras, mas queria saber como era no tempo de meus pais, poder beber da água límpida do nosso velho Rio Mundaú, mas quando vou a Rua da Ponte onde fica o velho e famoso Rio, só vejo poucas pessoas lavando suas roupas velhas, pedras, sujeiras e casas ao invés de árvores plantadas ao redor do Rio, cadê as árvores do tempo de meus pais? Cadê as águas claras? Como pode uma coisa tão bela desaparecer assim e ninguém lutar para ter tudo de volta? As perguntas são muitas e as respostas estão na cara. Nós estamos acabando com o Rio Mundaú, ele está em estado terminal, mas ainda podemos salvar essa maravilha, se meus pais tomaram banho nele por que eu não posso tomar? Indignação, raiva e uma vontade imensa de ajudar, mas ajudar a quem e o quê? Se os mais velhos nem ligam para o que está acontecendo com nossa fonte de vida, se juntos entrássemos nessa venceríamos, aí sim seria mais uma conquista para todos, reflorestar a mata ciliar, chupar as frutas tiradas na hora a margem do rio, tomando banho e se divertindo, vamos lá, vamos a luta pelo nosso bem maior, eu não quero falar a meu filho que fui do tempo em que o Rio era poluído e feio e nem quero que ele seja desse tempo se é que ainda exista Rio no tempo dele, quero que ele tome banho nas águas claras do Rio e quero contar a ele que um dia o Rio era poluído sim, mas que nós todos nós unidos limpamos o Rio Mundaú e reflorestamos a mata toda, para apagar a imagem feia que tínhamos dele e para voltar a imagem bonita que os mais antigos só guardavam na memória, eu quero o Rio Mundaú de volta e quero do jeito que ele era, cada pedrinha, cada árvore e sem nenhuma sujeirinha sequer, porque ele não pediu pra ser poluído nem desmatado ele só quer seguir seu rumo levando água a quem precisa até desaguar na sua querida Lagoa Mundaú, uma combinação perfeita, o Rio Mundaú pede socorro e nós precisamos socorrê-lo.

Por: Igor Euclides. (estudante da Escola Agrotécnica Federal de Satuba - EAFS)
 
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